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Em reunião com presidente do Ibama, Fórum pede solução para impasse da exportação do cedro rosa

Em reunião com presidente do Ibama, Fórum pede solução para impasse da exportação do cedro rosaO Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) vai buscar construir uma solução para destravar os entraves burocráticos que dificultam a exportação por parte de empresas brasileiras do cedro rosa oriundo do manejo florestal. A informação foi dada pelo presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, que, nesta segunda-feira (30.10), se reuniu com a diretoria do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), em Brasília. A demora na resolução do problema tem causado diversos prejuízos ao setor e reduzido a participação do Brasil no mercado internacional.

A extração do cedro rosa dentro do manejo florestal não tem nenhum impacto negativo para o meio ambiente, ressaltou o presidente do FNBF, Frank Rogieri. No entanto, para que seja possível a exportação dessa madeira, é necessária a expedição de uma liberação por parte do Ibama, uma vez que o cedro rosa faz parte de uma relação de produtos que integram a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).

“O que tem ocorrido é que a falta de uma normativa por parte do Ibama sobre os procedimentos a serem adotados pelas empresas. Com isso, tem havido uma lentidão muito grande para a emissão da autorização de exportação, trazendo enormes prejuízos para o setor, para os nossos clientes e prejudicando o livre comércio”, destacou Frank. Em muitos casos, com a demora, a madeira tem ficado para nos portos brasileiros, gerando prejuízos aos exportadores que pagam pela permanência do cedro rosa nos pátios.

Para Frank, a atuação do FNBF tem buscado fazer com que haja um avanço a respeito do tema, vencer a burocracia excessiva, sem, contudo, prejudicar o meio ambiente e a transparência do setor. “Estamos falando de madeiras que são exploradas dentro dos nossos manejos florestais, com todas as atribuições e seguranças para o meio ambiente”. Ele elogiou a postura de Agostinho, que entendeu a dificuldade do setor e se prontificou a buscar uma solução para o impasse.

Há alguns meses o Fórum tem tentado a resolução do problema, tratando do assunto junto ao Ibama. Além disso, a entidade buscou o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), também interessadas no assunto.