Em primeira reunião com ministro do MMA, Fórum florestal e CNI apresentam realidade do segmento
Os deputados federais Valtenir Pereira e Alan Rick, participaram do encontro
OZIANE RODRIGUES – ASSESSORIA FNBF
A confederação Nacional da Indústria e o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), que representa oficialmente o segmento, foram recebidos pelo Novo Ministro do Meio Ambiente (MMA) Sarney Filho, em Brasília – DF.
Este foi o primeiro encontro entre MMA e entidades do segmento florestal desde que o Ministro assumiu a pasta. Representando o FNBF, a vice-presidente Adelaide Fátima de Oliveira, que também é presidente da ASIMMANEJO e SINDUSMAD do Acre. Shelley Carneiro, diretor de Meio Ambiente da CNI; Mário Cardoso, diretor da CNI também reforçaram a comitiva florestal junto aos deputados federais Valtenir Pereira (PMDB) e Alan Rick (PRB). O diretor-geral do Serviço Florestal brasileiro do MMA, Raimundo Deusdará Filho, também participou da Reunião que ocorreu na última quarta-feira (25).
Para a vice-presidente do FNBF, Adelaide Fátima, o objetivo da reunião foi abrir um diálogo entre as representações do setor florestal e MMA. “Estabelecemos uma agenda positiva e o Ministro foi muito receptivo e disposto a compreender como de fato funciona o segmento, florestal. “, ressaltou.
Mario Cardoso – CNI, explicou que Sarney Filho, recebeu sugestões com a finalidade de potencializar as atividades produtivas da área ambiental e dar celeridade aos licenciamentos ambientais. “Trouxemos ao conhecimento do ministro os principais anseios e as conquistas do segmento. Observamos um ministro preocupado em combater os ilegais e fomentar os que trabalham na legalidade”.
Outro ponto abordado pela CNI, foi a revisão da Portaria 443/14, que reduz o número de espécies de madeira comerciais da região amazônica e a Portaria 411/09, que trata do Coeficiente de Rendimento Volumétrico de Madeira (CRV), bem como o Fundo Amazônia, que hoje é gerenciado pelo BNDES fizeram parte da pauta.
“O setor florestal defende que haja estudos diferenciados sobre as espécies listadas como vulneráveis. A lista, abrange de forma geral e essa generalidade prejudica a competitividade dos produtores, que em muitos casos tem a espécie comercial em abundancia na floresta, pois já estão resguardadas pela prática de manejo florestal sustentável, mas por conta da ausência da mesma em outro Estado fica impedido de comercializar em sua região”, frisou Cardoso.
O deputado Valtenir reforçou que foram discutidas ações para que sejam incentivados projetos ambientais, pequenas, médias e grandes propriedades na área do carbono e também no manejo sustentável. E, trabalhar não somente com a Confederação Nacional da Indústria, mas também com demais setores empresariais, como as federações estaduais e associações produtoras.
Complementando, o deputado Alan Rick, pontuou que o Estado do Acre possui muitas experiências positivas. “É um dos estados com maior área de floresta preservada, além de vários projetos importantes de manejo em andamento. Além disso, 95% da madeira beneficiada é produto de manejo”, completa o deputado.
Geraldo Bento, presidente do FNBF, que sempre defendeu o setor de base florestal juntamente com a CNI e demais entidades representativas, avaliou o encontro com otimismo. O presidente afirmou que é necessário prudência na edição de normativas ambientais para exercer a atividade, sob o prisma de ter que “promover remendo na legislação”.
A comitiva também pontuou, a principal defesa do presidente nos últimos meses, para que não fosse aprovada a redução do índice de Coeficiente Volumétrico – CRV.
“O empresário florestal ficará ainda mais onerado em um momento de crise, haja vista que para conseguir o CRV- Médio será necessário bancar estudo individual por espécie que comprove um rendimento superior ao agora praticado. Para o segmento isso é um retrocesso, pois já usamos 45%, e temos a comprovação de diversos rendimentos superiores a isso”, pontuou Bento.
Em resposta, o ministro se comprometeu a fazer um estudo para verificar a possibilidade de revisão e aplicação das mudanças necessárias.