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Setor de base florestal apresenta reivindicações ao ministro Blairo Maggi

Representantes do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) estiveram reunidos nesta terça-feira (21), em Brasília, com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para discutir ações que apoiem o desenvolvimento do setor. Entre as principais reivindicações apresentadas está a transferência do setor de base florestal para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a criação da “Câmara Setorial de Floresta Nativa”, e a criação de um “Programa de Governo” para incentivar e fomentar o mercado nacional e internacional de produtos florestais.

De acordo com Geraldo Bento, presidente do FNBF, o objetivo desses encontros, que também inclui reunião com o Serviço Florestal Brasileiro, é identificar as possibilidades de ações que propiciem melhor condução nos procedimentos de toda a cadeia produtiva do setor de base florestal, especialmente o da madeira. “Hoje somos ligados a um ministério (Meio Ambiente) que foca apenas em comando e controle. Isso é importante nos aspectos regulatórios do manejo, mas deixa de fora, completamente, outra parte importante que é o desenvolvimento da indústria. É preciso encontrar meios de promover o desenvolvimento econômico e social do setor e é nisso que estamos trabalhando”, argumentou Bento.

Outro ponto discutido pelo Fórum diz respeito ao potencial representado pela restauração florestal, principalmente a recomposição de vegetação nativa em áreas de Preservação Permanente, agenda que foi ampliada com o Código Florestal, mas que ainda carece de mecanismos de apoio eficientes para ganhar escala. “Com ações de apoio eficientes é possível maximizar os benefícios ambientais e trazer à tona o potencial econômico das florestas nativas”, defende o FNBF.

A justificativa do Fórum está pautada no fato de que a madeira é um produto vegetal com diversidade de espécies e usos, sendo que a agroindústria é fornecedora de matéria-prima para diversos segmentos que vão desde a construção civil, passando pela marcenaria, até a arquitetura e engenharia, além de ser grande fonte de fibras e de energia. Além disso, a conservação das florestas nativas, através do manejo florestal sustentável, tem um papel-chave no esforço global de redução das emissões de gases de efeito estufa.

Para dar a dimensão da representatividade do setor, apenas em Mato Grosso são cerca de cinco mil empresas ativas, sendo mais de 1.800 indústrias e comércios, que geram em torno de 90 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, o setor florestal é a base da economia de 44 municípios mato-grossenses, ocupando o quarto lugar na economia do estado.

Já o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal congrega 23 entidades, de oito estados brasileiros, representando mais de três mil e quinhentas empresas associadas e cerca de sete empresas produtoras de toras, de produtos industriais, comerciais e exportadoras relacionadas com a atividade de base florestal nativa no Brasil.

Para Bento, essa representatividade justifica uma atenção maior ao estímulo e fomento do uso sustentável de florestas nativas do país, melhorando a sua normatização e regulação.

Daniela Torezzan – Assessoria de Comunicação do CIPEM

Foto: Assessoria do Dep.Fed. Xuxu Dal Molin