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Fortalecimento da indústria de base florestal é fundamental para cumprimento de metas do Acordo de Paris

Por meio do manejo sustentável, setor eleva produtividade, reduz desperdícios e valoriza produtos madeireiros no mercado internacional. Segmento também preocupa-se com a redução de resíduos.

Por Gerência de Jornalismo CNI

O fortalecimento da indústria de base florestal é um importante caminho para ajudar o País a cumprir o compromisso assumido no Acordo de Paris, que prevê a redução das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025. Uma das medidas propostas para o alcance dessa meta é a restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares de floresta até 2030, que só se viabilizará com a participação ativa do setor de base florestal. Essa é a principal conclusão dos estudos Cadeia produtiva de florestas nativas, elaborado pelo Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF), e Florestas plantadas: oportunidades e desafios da indústria de base florestal no caminho da sustentabilidade, elaborado pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), que integram a série de 18 publicações apresentadas na sexta edição do CNI Sustentabilidade.

 

Nos documentos, a indústria florestal que trabalha com florestas nativas destaca que o segmento contribui para a conservação das florestas por meio do desenvolvimento do manejo florestal sustentável, extraindo produtos da floresta de maneira que os impactos gerados sejam mínimos, possibilitando a manutenção da estrutura florestal e sua recuperação, por meio do estoque de plantas remanescentes. Essa técnica permite a manutenção da floresta em pé com contínua produção de madeira. Em média, somente quatro a seis árvores são retiradas por hectare de floresta e o retorno para a exploração da mesma área ocorrerá após 25 a 35 anos, permitindo o crescimento das árvores remanescentes.

 

O principal setor atendido pelo segmento de florestas nativas é o de construção. No entanto, a madeira vem perdendo espaço nesse setor para outros materiais, alguns, inclusive, com aspecto amadeirado. De acordo com o estudo, um maior uso da madeira em obras poderia contribuir para redução das emissões de gases de efeito estufa pelo setor da construção. A CNI, a WWF e o FNBF vêm atuando em parceria para mostrar os benefícios e as possibilidades do uso da madeira em projetos arquitetônicos, aproveitando a tecnologia já disponível e largamente utilizada em outros países.

 

No caso de florestas plantadas, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), dos 7,84 milhões de hectares de florestas plantadas, 5,4 milhões de hectares são certificados. Estima-se que as áreas de plantios florestais no Brasil são responsáveis pelo estoque de aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano. Além disso, o setor gera e mantém reservas de carbono da ordem de 2,48 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 5,6 milhões de hectares em áreas protegidas.

 

REDUÇÃO DE RESÍDUOS – A indústria de base florestal também tem feito esforços para reduzir a produção de resíduos. No caso da indústria de florestas plantadas, em 2016, foram geradas 47,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos, dos quais 70,5% (33,7 milhões de toneladas) foram gerados pelas atividades florestais, enquanto 29,5% (14,1 milhões de toneladas) pelas indústrias. Na atividade florestal, 99,7% dos resíduos sólidos são mantidos em campo para proteção e fertilização do solo; e os demais 0,3% são encaminhados a aterros sanitários, com o objetivo de atender a critérios legais.

 

Já na indústria, 66% dos resíduos são destinados à geração de energia, por meio da queima em caldeiras, que geram vapor e, eventualmente, energia elétrica para o processo produtivo, eliminando o combustível fóssil; 25,5% são reutilizados como matéria-prima por outras empresas do setor; 5% são reutilizados para produção de cimento e óleo combustível; e os demais resíduos (3,5%) são encaminhados a aterros industriais, atendendo a critérios legais. O papel no Brasil possui recuperação de 64% do volume consumido, o que coloca o país como um dos principais recicladores mundiais do produto.

 

 

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