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MAM é uma frente pela conservação

O Mosaico possui mais de 7 milhões de hectares e conta, em sua composição, com a representação de 40 Unidades de Conservação federais e estaduais. 

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Foto: Adriano Gambarini/WWF-Brasil

 

Assessoria de Imprensa CIPEM

 

O Mosaico da Amazônia Meridional (MAM) é uma iniciativa de gestão territorial que busca somar recursos, esforços e capacidades das equipes responsáveis por várias Unidades de Conservação federais e estaduais existentes em áreas do Sul do Amazonas, Norte e Noroeste do Mato Grosso e Oeste de Rondônia. Não por acaso, a região é conhecida como “Arco do Desmatamento” devido aos inúmeros problemas ambientais existentes na área, como queimadas, garimpo, grilagem, entre outros. O propósito maior desse trabalho é evitar que essas pressões ambientais ‘subam’ para o Norte do Brasil.

O Conselho Consultivo do Mosaico da Amazônia Meridional (CCMAM), formado por mais de vinte instituições do governo e da sociedade civil, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM) integra o conselho; delibera, discute e encaminha atividades, propostas e sugestões de trabalhos de conservação para aquela área.

Em 2016, a realização de reuniões frequentes e do processo de reconhecimento e de funcionamento do conselho já mostra resultados positivos, como explica Lourdes Iarema, presidente do CCMAM, “a aproximação e o fortalecimento das instituições na integração e no desenvolvimento de agendas conjuntas, como o que ocorre entre Sema e ICMBio em diversas atividades de uso público e monitoramento de proteção, por exemplo, fortalece as atividades do conselheiros e das instituições que compõe o CCMAM”.

Por meio do mosaico, os gerentes das unidades de conservação e entes públicos como secretarias estaduais de Meio Ambiente, em conjunto com o governo federal, podem compartilhar recursos e executar ações em parceria, otimizando a gestão do território. Desse modo, fica mais fácil e mais barato realizar atividades de educação ambiental, sinalização, fiscalização e monitoramento, por exemplo.

Uma das grandes conquistas do Mosaico da Amazônia Meridional, em 2016, foi a realização do Workshop Nacional dos Mosaicos de Áreas Protegidas, em Brasília, que possibilitou a integração entre diferentes instituições governamentais e não-governamentais para reativar as discussões sobre esse modelo de gestão. “Nesse evento, ficou clara a importância de se fortalecer os mosaicos de áreas protegidas no Brasil. A gestão de territórios integrados valoriza todos os aspectos da sociobiodiversidade, conserva a natureza e o desenvolvimento sustentável”, analisou Lourdes Iarema.

Em 2017, o CCMAM pretende realizar o Encontro de Mosaicos do Norte do Brasil, que visa fortalecer as discussões do modelo de gestão integrada, através de mosaicos. “Temos a expectativa de consolidar ações, replicar as já consolidadas e queremos que a organização do conselho seja melhor estruturada, visualizando a captação de recursos e a manutenção financeira do MAM”, finaliza Lourdes.

Conheça o Mosaico

Imagem da Internet.

Imagem da Internet.

O Mosaico Amazônia Meridional foi reconhecido pelo Governo Federal através da portaria Nº 332, de 25 de agosto de 2011 do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Integram o Mosaico da Amazônia Meridional, uma extensa área: são 2,6 milhões de hectares no Mato Grosso (37,4% do total); 2,4 milhões no Amazonas (34,7% do total); áreas federais que somam 1,3 milhões de hectares (19,5% do conjunto) e 550 mil hectares em Rondônia (8% da área total).

Estão inclusos no mosaico, unidades como o Parque Nacional do Juruena no Mato Grosso, as nove Unidades localizadas no Sul do Amazonas que compõem o Mosaico do Apuí e a Reserva Extrativista Garrote, em Rondônia.